quinta-feira, 23 de setembro de 2010

St. Valentine – Demos

Obscuro Hard Rock Americano (?), que teve como produtor Dana Strum, baixista da banda “Slaughter”. O disco ainda contou com os talentos de Mark Slaughter e Jeff Scott Soto, como músicos de apoio. Uma mistura de glam, teclados melódicos e puro Hard Rock. Recomendado para apreciadores de artistas como Rob Rocks, Driver, etc. O vocalista John Ward era Inglês, e esteve à frente da banda “Shy”, no disco "Welcome To The Madhouse", de 1994.
Somente para fãs do gênero.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Blue Cheer – The Beast is Back


Para quem não conhece, o Blue Cheer surgiu em São Francisco, Califórnia, no fim dos anos 60 e foram pioneiros do estilo “Heavy Metal”, servindo de modelo para vários outros artistas da época. Formado por Leigh Stephens (guitarra), Paul Whaley (bateria) e Dickie Peterson (baixo e vocal), a banda atravessou inúmeras formações diferentes em sua trajetória.O rock do grupo era inspirado no blues e no psicodelismo, com uma grande carga de distorção. O conjunto lançou alguns álbuns entre o final dos anos 60, até o final dos anos 70, quando decidem parar. Em 1979, Peterson tenta remontar o grupo, mas não obtêm êxito. Somente cinco anos mais tarde conseguiria trazer de volta o nome Blue Cheer, convencendo o baterista Paul Whaley a aderir ao projeto, com Tony Rainier na guitarra. É em fevereiro de 1985, que gravam esse majestoso disco, marcando o seu retorno. Chamado "The Beast Is Back", trazia releituras de "Summertime Blues", "Babylon", "Out Of Focus" e "Parchment Farm", e algumas faixas inéditas. Porém, esta formação durou pouco tempo, e Peterson passa os próximos quatro anos excursionando com diversos músicos, sempre utilizando o nome BLUE CHEER. Uma destas inúmeras formações gerou outro clássico disco, "Blitzkrieg in Nüremberg', gravado ao vivo na Alemanha em outubro de 1988...

domingo, 5 de setembro de 2010

Wrathchild America - 3-D

Fenomenal banda de Thrash Metal que conseguiu o que pode ser considerado um feito: demonstrou versatilidade e mesmo irreverência em um estilo tão sério e geralmente delimitante. Infelizmente, nunca recebeu o reconhecimento que tanto merecia.
Formada no final dos anos 70, a banda só viria a gravar seu debut uma década depois. Até então, eles eram conhecidos apenas como Wrathchild, mas devido ao fato de já existir uma banda de glam metal na Inglaterra com o mesmo nome, acrescentaram o 'America'.

3-D, o segundo e último álbum, foi lançado em 1991, ano em que o grunge lamentavelmente varreria o metal do mapa. Ainda que bandas como Sepultura, Pantera e Corrosion of Conformity tenham se mantido fiéis ao estilo e conseguido permanecer relevantes (pelo menos por mais alguns anos), não foi o caso com o Wrathchild America. Após o lançamento do álbum e a fraca repercussão do mesmo (devido ao advento do grunge certamente), a Atlantic Records dispensou a banda, que em seguida mudou o nome para Souls at Zero e adotou uma sonoridade mais grunge, resultando num híbrido de grunge/metal, extremamente genérico, no entanto. Nem de longe se compara ao formidável Wrathchild America.
Mas enfim, quanto ao álbum em questão, este simplesmente não deve em nada aos clássicos do gênero (Reign in Blood, Master of Puppets, Peace Sells, The New Order, etc). Aliás, é superior em vários aspectos. Além de peso e pegada muito boas, com bastante técnica e precisão (como era de se esperar das grandes bandas de Thrash), os caras mantêm a mente aberta, introduzindo elementos não muito comuns de se encontrar no estilo, mas que produzem excelentes resultados: a faixa Spy, por exemplo, conta com uma frase de swing dos anos 20! E não pára por aí. Encontramos, no decorrer do álbum, compassos quebrados, música clássica e até reggae, entre outras agradáveis surpresas, tudo devidamente dosado com um toque de irreverência (como podemos constatar, por exemplo, na hilária faixa blues 'I Ain't Drunk, I'm Just Drinkin'', que encerra o álbum de maneira divertida).
Obviamente que nem tudo é brincadeira. Temos excelentes petardos como Draintime e Surrounded by Idiots, entre outros, representando o lado mais 'puto' do álbum, por assim dizer. Afinal de contas, sem indignação e inconformismo, uma banda não pode ser considerada Thrash, certo?

Destaque para as faixas: Spy, Draintime, Surrounded by Idiots, Another Nameless Face, 11 e I Ain't Drunk, I'm Just Drinkin'.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pantera - Power Metal


Nos anos 80, o Pantera era mais um grupo glam da Califórnia, de visual andrógino, tipo Poison. Contavam com Terry Glaze nos vocais, que seria posteriormente chutado da banda para a entrada de um novo vocalista, no quarto disco, "Power Metal", de 1988. Na época, Glaze foi informado sobre um contrato com a gravadora pertencente a Gene Simmons do KISS (Simmons Record), mas acabou rejeitando o mesmo, vindo a deixar o grupo sem direito a nada. Os membros restantes convidam então Phil Anselmo para assumir o vocal do grupo. Anselmo era natural de New Orleans e membro do conjunto White Razor, além de tocar em bandas covers do Judas Priest. Nascia "Power Metal", deixando claro as infuências do vocalista atual: Judas Priest, Slayer, Hellhammer e Venom. Durante as gravações, Anselmo regravou algumas canções de Glaze. Contendo 10 faixas, o disco apresentou algumas mudanças de sonoridade bem repentinas, passando por estilos como hard rock, heavy metal, speed metal e thrash metal. Teve ótima aceitação e um excelente retorno comercial para eles. Destaque para a música "Proud To Be Loud", co-escrita com o guitarrista do Keel, Marc Ferrari, que também sola em "We'll Meer Again". Depois desse álbum, abandonam de vez o visual poser e gravam em 1990 outra obra-prima, “Cowboys from Hell”. O resto da história, todo mundo conhece...


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Triumph - Rock & Roll Machine


O segundo álbum dos canadenses do Triumph, lançado em 1977, demonstra que, apesar das inevitáveis (e um tanto batidas) comparações com o Rush, a banda possuía uma sonoridade própria, mais vigorosa. Aliás, comparações essas que, geralmente, levam em conta fatores não necessariamente relacionados à música propriamente dita, como o fato das duas bandas serem power-trios e virem da mesma cidade (Toronto), além do fato do guitarrista e vocalista Rik Emmett possuir um vocal bem semelhante a de Geddy Lee (o que é de fato verdade).

Apesar de outra semelhança ser a introdução de elementos de rock progressivo, o Triumph nunca abraçou completamente o estilo (diferentemente do Rush), adotando em vez disso uma sonoridade cada vez mais identificável com o Arena Rock.

A faixa-título mesmo é um bom exemplo disso. Claramente a melhor faixa do álbum, ela viria a ser 'figurinha carimbada' nos shows da banda. Aqui é possível destacar a energia e empolgação características da banda, contando com um Rik Emmett particularmente inspirado, com um solo de tirar o fôlego.

Isso remete, aliás, a outro aspecto digno de nota. É fácil constatar que, assim como o Eddie Van Halen na sua banda, Rik Emmett é claramente superior aos seus companheiros, em termos de técnica. O baterista Gil Moore e o baixista (e às vezes tecladista) Mike Levine são competentes, mas não mais que isso. Além do lado técnico, o guitarrista também é o principal responsável pela introdução de elementos que conferem diversidade às composições da banda. É certo que esses elementos podem ser uma faca de dois gumes, como no caso da suíte 'City' (uma das incursões progressivas da banda). Dividida em três partes, sendo a primeira 'emprestada' do tema do documentário 'Planets' (assim como o King Crimson também já fez), a faixa só fica interessante na segunda parte, 'El Duende Agonizante', uma passagem flamenca. A introdução de passagens acústicas viria a se tornar comum em discos posteriores, passagens essas que incluiriam também elementos de música clássica e até country.

Emmett também é responsável pelas canções que flertam com o AOR, como é o caso de 'Bringing It on Home'. Já Moore é o principal responsável pelas composições mais pesadas, como a faixa-título e 'Takes Time'. Tais diferenças musicais são o motivo da tensão entre os dois, resultando eventualmente na saída de Emmett da banda.

Outra faixa de destaque é uma excelente cover de 'Rocky Mountain Way', de Joe Walsh.

domingo, 1 de agosto de 2010

Alcatrazz - No Parole from Rock 'n' Roll


Depois de ter sido demitido do Rainbow (e de uma breve passagem pelo Michael Schenker Group), o vocalista Graham Bonnet formou o Alcatrazz. Claramente calcada nos moldes de sua ex-banda, ele contou, inicialmente, com a colaboração de um jovem guitarrista sueco, fã ardoroso de Ritchie Blackmore: Yngwie J. Malmsteen. Tudo, desde as inflexões clássicas aos trejeitos e expressões faciais do temperamental guitarrista inglês durante suas performances tiveram um grande impacto em Malmsteen.

Complementando a formação, foram chamados o tecladista Jimmy Waldo, o baixista Gary Shea (ambos ex-New England) e o baterista Jan Uvena (ex-Paley Brothers).
Apesar das semelhanças com o Rainbow, o primeiro álbum da banda, No Parole from Rock 'n' Roll, é bem-sucedido nos seus próprios méritos. É um ótimo álbum, consistente, ainda mais para um álbum de estréia. Aqui percebe-se a louvável técnica de Graham Bonnet, dono de uma voz potente, cristalina e de longo alcance.
Mas a personalidade musical que prevalece mesmo é a de Malmsteen. Além de ser o principal compositor do álbum, o guitarrista sueco já surge aqui com o estilo com o qual faria fama, misturando influências clássicas (Paganini, Bach, etc) e barrocas com virtuosismo extremo e solos rápidos e ininterruptos, abrindo caminho para a onda dos 'guitar shredders'.
Após a turnê de lançamento do álbum, Malmsteen sairia da banda e investiria em sua carreira solo, que como era de se esperar, seria de certa forma uma continuação do No Parole. O segundo álbum da banda, Disturbing The Peace, contaria com Steve Vai, que naquele ponto já possuía em seu currículo colaborações com o Frank Zappa.

Destaque para as faixas General Hospital, Hiroshima Mon Amour, Kree Nakoorie e Too Young To Die, Too Drunk To Live.

Axe - Offering

Axe era uma banda da Flórida, surgida no final dos anos 70. Executando um metal comercial e melódico na linha de bandas como Scorpions e UFO, bem como incluindo elementos de AOR, não obteve o mesmo sucesso, lançando quatro álbuns antes de se separarem após a morte do guitarrista Mike Osbourne (nenhum parentesco com o Príncipe das Trevas).
O primeiro álbum, homônimo, foi gravado em 1979. Apesar de ainda um tanto formulaico, o som da banda fazia uma ponte entre o hard rock setentista e o lado festivo do metal oitentista, caracterizando-se assim numa transição entre as duas épocas.
A banda adquiriria mais personalidade e confiança a cada álbum lançado, sendo o terceiro álbum, Offering, provavelmente o mais representativo da banda. Com um Hard Rock inocente e honesto, a banda também estava, a esse ponto, apresentando mais elementos de AOR, bebendo da fonte de bandas como Journey e Foreigner.
Infelizmente, o seu fim brusco e trágico acabou por eliminar qualquer chance de um maior êxito comercial.
Destaque para as seguintes faixas: 'Video Inspiration', a power ballad 'Jennifer', uma cover do Montrose (I Got The Fire) e a ótima 'Silent Soldiers'.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quiet Riot – Quiet Riot ou 1988


Pioneira banda Hard and Heavy Americana, responsável pelos clássicos álbuns “Metal Health” e “Conditional Critical”. Também conhecido por ser o grupo do falecido guitarrista Randy Rhoads e por seus covers da banda inglesa Slade. Logo após o lançamento do disco “III”, o vocalista Kevin Dubrow e o baixista Chuck Wright entram em atrito com o resto do conjunto, fazendo com que estes mesmos fossem demitidos. Com a intenção de mudar a sonoridade da banda, os membros restantes Cavazo e Bannali convidam o grande vocalista Paul Shortino, ex Rough Cutt. Em 88 o grupo grava o disco “Quiet Riot”, que ainda contava com Sean Mcnabb no baixo. O resultado foi bom, mas não era aquilo que os antigos fãs e os críticos esperavam ouvir. A faixa de maior destaque foi “Don’t Wanna Be Your Fool”, em um estilo meio Whitesnake. Quando a banda partiria para uma turnê, Carlos e Frankie foram notificados sobre um processo movido por Kevin, que os impediriam de se apresentar como Quiet Riot. Com todos esses problemas, o Quiet Riot decidiu encerrar as atividades, retornando ao batente somente no início da década de noventa, quando Kevin Dubrow fez as pazes com o resto do grupo, com o objetivo de um novo disco. Assim, “Terrified” foi gravado em 1993 e a banda foi reativada, até a morte precoce de Dubrow em 2007. Atualmente, a banda retomou as atividades e lançou o disco Ten, em 2014, com o novo vocalista Jizzy Pearl, ex Love\Hate.

MUSEO ROSENBACH - Zarathustra (1973)

Pouco lembrada como geradora de bandas de rock, a Itália é detentora de grandes nomes como Umberto Tozzi, Premiata Forneria Marconni, Banco dell Mutuo Socorso e a grandiosa Museo Rosenbach. A banda lançou poucos discos, sendo que apenas o primeiro, Zarathustra, é da primeira fase da banda. Depois viria uma coletânea de canções não lançadas e um ao vivo, gravado na década de setenta. A banda ainda se reuniria em 2000, lançando um álbum chamado "Exit". Formado em 1971, sob o nome de Inaugurazione del Museo Rosenbach (que significa Inauguração do museu Rosenbach em italiano) como uma fusão de duas bandas de covers, da segunda metade dos anos 1960, La Quinta Strada e Il Sistema. Essas bandas tocavam canções de Jimi Hendrix, Steppenwolf, The Kinks e Otis Redding. O primeiro play da banda saiu em 1973, com o nome de "Zarathustra". A capa é uma montagem cubista de várias paisagens, e outras imagens, formando uma face humana, tendo inclusive o rosto de Benito Mussolini. O disco tem no seu lado A, uma única faixa, chamada Zarathustra, dividida em 5 sub-faixas. O lado B contém 3 faixas. A duração da primeira ultrapassa os 20 minutos, e as faixas do segundo lado beiram entre 6 e 8 minutos. O conceito da canção "Zarathustra" gira em torno da obra literária "Assim Falou Zaratustra", de Friedrich Nietzsche. Quanto ao instrumental, pode-se perceber uma atenção maior no teclado e na guitarra. Os vocais também são destaque, sendo ao mesmo tempo agressivos e melódicos. Depois desse belo disco de estréia, a banda faria algumas turnês, sendo desses shows, algumas faixas usadas para um álbum ao vivo lançado em 1992, e posteriormente o grupo encerraria suas atividades. Em 2000, eles voltam pra lançar o disco Exit, que infelizmente mostrou um lado mais comercial da banda. Para finalizar, devemos ressaltar que esse conjunto estava bem a frente do seu tempo, demonstrando que a qualidade musical deve ser além da fama, objetivando também a criatividade, talento e inspiração.

ORAL – Oral Sex (ep)


Banda feminina obscura do Reino unido. Lançado pela Conquest Records em Junho de 1985, o ep “Sex Oral” trazia seis faixas de puro Heavy Metal oitentista. Apesar da boa intenção e atitude das meninas, o grupo nunca alcançou seu lugar ao sol, desaparecendo meses depois. O Oral era formado por Bev (Vocal), Monica (Guitarra), Cady (Baixo) e Dee (bateria). De todas as músicas, a de maior destaque foi “Black Leather”. Abaixo você confere alguns comentários sobre o disco feitos na época."Why bother with the music at all? Just put out a 12" piece of plastic with crotchless black lace panties over the hole in the middle." - Kerrang!All girl band Oral asked for that quote really, a quick look at the song titles on their sole release the "Oral Sex" Mini LP ensured that they were dismissed instantly by press and potential fans alike.In actual fact they didn't have to bury the music so deep behind their wall of innuendo and tittilation, the choruses are catchy enough to ensure headspace after a few listens, despite the ropey production.The whole image sham backfired on the Brighton based band spectacularly and they faded from view after a very short fifteen minutes of fame indeed.

Angeles del Infierno – Pacto Con El Diablo

Clássica banda espanhola de metal oitentista. Surgiu no começo da década de 80 e obteve uma boa repercussão em seu país e na América Latina, durante os anos 1980 e início dos anos 1990. Foi formada em San Sebastian, pelo guitarrista Roberto Alvarez e o baixista Santi Rubio. Em 1982, Angeles del Infierno abriu shows para Motörhead, Saxon, e AC/DC. “Pacto Con el Diablo” é o segundo álbum na discografia do grupo, sendo de profunda importância para elevar o nome do mesmo. Gravado em 84, o disco vinha recheado de peso e letras polêmicas, mostrando toda fúria do Heavy Metal Espanhol. A banda continuou ativa até o começo dos anos 90, quando resolvem dar um intervalo. No ano de 2000, o Angeles del Infierno foi convidado para o festival de Viña Rock, onde tocou para um público de 28.000 pessoas, juntamente com o A.N.I.M.A.L. e o Barón Rojo, outra força do rock pesado espanhol.

BlitzKrieg – Demo 1981


Banda capitaneada pelo lendário vocalista Brian Ross. A história de Ross se confunde com a história do metal inglês, pois este conquistou prestígio ao fazer parte de três nomes de peso: Avenger, Satan e Blitzkrieg. Esta última depois de formada partiu para uma turnê extensiva na Inglaterra até se separar em 1981. Os integrantes seguiram caminhos distintos, sendo que Brian Ross & Mick Moore formam o Avenger, grupo da segunda divisão da NWOBHM. Ainda no começo da banda, Brian R. é substituído por Ian Swift, ex Satan. Ross é convidado então para preencher a vaga de Ian no SATAN. “Court In The Act” é gravado em 83 e a repercussão é grande, conquistando fãs em toda a Europa e EUA. Mas mesmo assim, o nome da banda gera dificuldades, que culminam com a demissão de Brian. O vocalista resolve então, reativar o Blitkrieg para gravar o material de 81. Jim Sirotto e Mick Moore (ainda um membro efetivo do Avenger na época) foram convidados a participar, e Mick Procter (guitarra, ex-Jess Cox / Tygers of Pan Tang) e Sean Taylor (bateria, parceiro de Ross nos tempos de Satan) foram escalados para as gravações do que seria “A Time of Changes”. A repercussão foi boa, mas a banda que gravou o disco não era uma formação oficial, e logo Brian Ross se viu forçado a montar uma nova “line-up”. Após registrarem um vídeo chamado “Live at the Kazbah”, imortalizando um concerto em Sunderland (RUN) e que foi lançado em 1990, o novo Blitzkrieg conseguiu um acordo com a RoadRacer Records visando o lançamento de um mini-LP comemorativo aos dez anos da banda. Em 2001, depois de um período conturbado e sem muitas novidades, Brian Ross e Tony J. Liddle montam um novo Blitzkrieg. Essa formação gravou o disco “Absolute Power” (2002), um disco bastante pesado, mantendo a força renovada do Velho Blitzkrieg.

Outfield – Play Deep

Formado na Inglaterra, o Outfield era inicialmente um trio Pop-rock que adotava o nome de “The Baseball Boys”. A formação inicial era o baixista/vocalista Tony G. Lewis, o guitarrista/tecladista e compositor John Spinks, e o baterista Alan Jackman. A banda grava uma fita demo e com isso chama a atenção da gravadora Columbia/CBS Records, com quem assinam contrato em 84. No ano seguinte lançaram seu primeiro álbum, o grandioso “Play Deep”, que alcançou disco triplo de platina nos Estados Unidos, devido ao seu apelo pop e qualidade das composições. A faixa de maior destaque foi a inesquecível “Your Love”, tocada até hoje em muitas rádios ao redor do mundo. Do álbum também se destacam “Say it isn’t so” e “All the love in the world”. Graças a esse sucesso, o grupo sai em turnê mundial, abrindo shows para Journey e o Starship. Em 1987 a banda lançou seu segundo álbum, “Bangin”; que apesar de não ter tido o mesmo sucesso que seu álbum de estréia teve, produziu 2 hits, "Since You've Been Gone" e "No Surrender". O Outfield frequentaria a parada de sucesso até 1992, com o disco “Rockeye”. O single deste álbum, "Winning It All", tornou-se frequente em eventos esportivos e fez parte da trilha sonora do filme The Mighty Ducks. Depois disso, o grupo desapareceu devido a chegada dos anos noventa e do som de garagem.

Chacko – Chacko


Cantora inglesa com apenas um único álbum lançado em sua carreira. Este disco de 1986, é intitulado "Chacko" e teve a canção "Once Bitten Twice Shy" como faixa de maior destaque, editada em single e maxi-single, além de ter sido incluída na trilha sonora do filme “Elvira: a rainha das trevas”. Até onde sei, este LP nunca foi editado em CD, mas não é difícil de encontrar o vinil, pois o mesmo foi lançado no Brasil na época. Com um visual agressivo e provocante, Lori CHACKO manda muito bem seu Hard pop-Rock nas dez faixas presentes no álbum. O porque dela nunca mais ter gravado um disco, continua sendo um mistério. Lori voltou a se apresentar nos últimos anos, principalmente na Áustralia, onde mora atualmente e também mantêm uma página na internet, cujo o endereço é esse: lorichacko.com

Weapons - Captive Audience

Lendário grupo da cena "Hard" de Detroit. O som era uma mistura de Kix com a fúria do Babylon AD. Esse disco foi lançado em 1985 pela Metro America e já se tornou “cult” entre os apreciadores do estilo. Na época a banda abria shows para o Halloween, outro medalhão de Detroit. A formação contava com Tommy Ingham - Vocals ; Joey Gaydos - Guitar/Vocals; Pete Bankert – Bass; Greg Doyle – Guitar e Fred Schmidt - Drums/Vocals. Pelo que se sabe, este foi o único registro deles e o único a continuar no meio musical foi o baixista Peter Bankert, com seu estúdio “Rock City” localizado em Ann Arbor, Michigan, fazendo serviços para nomes como FOGHAT, BOBBY RONDINELLI, Dead Boys e outros. Esse álbum é foda, com clássicos como “The Rock starts here” e “Runaway”. Recomendado!

Nina Hagen - A Musa da esquisitice


A lendária Nina Hagen (Catharina Hagen) nasceu em 11 de março de 1955, na Berlim Oriental. Ela é filha do cantor Wolf Biermann. Sua mãe também foi cantora e atriz. Estudou canto clássico e iniciou sua carreira musical em 1972, com um grupo de blues. Suas marcas registradas sempre foram o jeito debochado de cantar - no inglês carregado pelo sotaque alemão - e suas roupas e penteados extremamente coloridos. Apesar de ser uma performática roqueira, anteriormente, ela recebeu treinamento vocal como cantora de ópera (o que transparece, por exemplo, em sua interpretação de New York, New York de Frank Sinatra, que alcançou a nona posição na parada americana de sucessos). Ela emigrou para Londres, onde havia uma cena punk em ascenção. Após essa experiência, Nina regressa à Alemanha e monta seu próprio grupo, gravando seu primeiro álbum "Nina Hagen Band", em 1978. O álbum fica entre o lirismo e a histeria musical. O mundo conhecia então, uma mulher jovem e de explosiva loucura e criatividade. No ano seguinte, lança o seu segundo álbum "Unbehagen", que recebe uma calorosa recepção do público. Depois desse relativo sucesso, dissolve sua banda e parti para Nova York. Em 1981 nasce sua filha, Cosma Shiva. É liberado seu terceiro álbum em 1982, um registro completamente diferente do que ela havia feito até agora: Nunsexmonkrock. "Nina Hagen Em Ekstacy" de 1985, foi seu último sucesso antes do retorno, no final dos anos 90. Vale lembrar também sua passagem pelo Brasil no Rock in Rio de 85, onde ela aproveitou para gravar uma música (garota de Berlim) com a banda TOKYO, do então novato cantor SUPLA. Em 2003 e 2006, Nina solta mais dois discos, o primeiro "Big Band Explosion", que inclui doze faixas, e o razoável "Irgendwo Auf Der Welt". Hagen sempre foi e sempre será uma artista inovadora, da era punk até os dias atuais, e apesar de estar sumida por aqui, continua muita ativa na Europa e na Alemanha, sua terra natal.

Jerusalem Slim - 1992

Projeto voltado ao Hard Rock de Michael Monroe e Steve Stevens (Atomic Playboys, Vince Neil e Billy Idol). Esse álbum foi uma grande dor de cabeça a Monroe, devido ao fato da gravadora PolyGram colocar Michael Wagener para a produção do mesmo. Monroe não queria alterar a sonoridade do disco e Wagener foi um dos responsáveis pela mudança na direção musical que tanto desagradou Monroe. O produtor passou a explorar ao máximo a guitarra de Steve Stevens, mostrando um trabalho focado nos solos. Monroe, então convencido de que o álbum não estava de acordo com os seus interesses, nunca promoveu o disco, deixando muito clara sua opinião. Durante a turnê pelo Japão (sem Stevens) ele simplesmente se recusou a tocar ao vivo as músicas do Jerusalem Slim. O disco é um bom registro, possui belos solos de guitarra e levada bastante Hard Rock. Depois dele, Stevens e Monroe romperam definitivamente. É um item raro e de colecionador, afinal um relançamento/remasterização seria totalmente improvável, em razão da absoluta falta de interesse das partes envolvidas, especialmente do ex vocalista do Hanoi Rocks.

Coletãnea SP METAL


Década de 80, de um lado estavam as bandas de Hard Rock e de outro as mais pesadas do Heavy Metal que, juntas, formavam um circuito que teve um início tímido, mas conseguiu agrupar uma grande legião de seguidores fiéis. O local chamado de Grandes Galerias, hoje é conhecido como Galeria do Rock, localizada na região central de São Paulo, abrigando algumas lojas de discos, entre elas, a Baratos Afins. A Baratos Afins e o produtor Luiz Carlos Calanca estavam com a intenção de lançar diversos álbuns de bandas de Rock Pesado, mas não dispunham da quantia necessária, então resolveram apostar em uma coletânea. O resultado foram as duas edições do “SP METAL", um marco da história do metal nacional. O primeiro LP, gravado entre agosto e setembro de 1984, trouxe as bandas Salário Mínimo, Centúrias, Vírus e Avenger. A precariedade do material foi compensada pela criatividade dos músicos.

Podemos finalizar dizendo que o álbum é e sempre será, um autêntico clássico do Rock pesado nacional.
Tracklist:

01. Avenger - Missão Metalica
02. Centúrias - Duas Rodas
03. Vírus - Mattew Hopkins
04. Salário Minimo - Cabeça Metal
05. Centúrias - Portas Negras
06. Salário Minimo - Delírio Estelar
07. Avenger - Cidadão Do Mundo
08. Vírus - Batalha No Setor Antares

American Hard Rock - Bandas de Detroit

http://www.facebook.com/HardheavyAOR/


Os Estados Unidos sempre foram e sempre serão o berço do Rock Pesado. Desde os primórdios do estilo, no fim dos anos 50/60, até chegando ao glam dos 80/90. Los Angeles foi a capital do movimento glitter, com bandas como Dokken, Motley Crue, Quiet Riot, entre outras. Mas além de tudo isso, existiram outras bandas e outras cenas menos badaladas que não receberam tanta mídia ou atenção da MTV. Durante os anos 70, a cidade de Detroit (a maior no estado americano de Michigan) entra em grave recessão econômica, por causa da crescente concorrência de companhias japonesas produtoras de automóveis. No meio dessa crise financeira, surgem grupos que mais tarde se tornariam ícones do rock internacional: Ted Nugent, Alice Cooper, Grand Funk Railroad, MC5 e The Stooges; que elevariam o estatus da cidade como grande centro do Rock n’ Roll. O que pouca gente sabe, é que ali, também houve uma grande movimentação de bandas e artistas ligados ao Hard/Glam. Nomes menos conhecidos: Halloween (Horror Show), Weapons, Seduce, Madam x, Abuse, Bitter Sweet Alley e uma série de artistas que fazem da cidade um grande seleiro de grandes nomes. Selecionamos alguns deles para melhor explicitá-los:

-MADAM X:



Esse grupo é mais conhecido por ter revelado Sebastian Bach (Skid Row). Inicialmente, era formado apenas por mulheres que possuíam exuberantes madeixas. No comando, estavam as irmãs Maxine e Roxy Petrucci, que mais tarde integrariam o Vixen. Suas músicas eram bem cruas e as letras falavam basicamente de conflitos juvenis. Em 1984 gravam "We Reserve the Right". Uma mistura de WASP, Motley Crue e Judas Priest. Um disco básico e com a boa pegada metal da época. Mas, infelizmente, sofrem um contratempo com a saída do vocalista original. Então, Maxine resolve chamar o jovem Sebastian Bach, de apenas 16 anos, que acaba gravando uma demo obscura, contendo 10 faixas. A banda decretaria seu fim pouco tempo depois, devido ás baixas vendas e troca de integrantes. O MADAM X sempre será lembrado pela exuberância visual e atitude Rock’n Roll.

-MOTOR CITY ROCKERS:



O grupo surge após Jimmy Marinos abandonar a banda new wave “Romantics”. Na época, o baterista/vocalista alegou um certo cansaço, causado pela histeria dos fãs e pelo ego dos integrantes. Uma atitude ousada, tendo em vista que os Romantics eram então, uma máquina de fazer dinheiro e hits. Convencido de que poderia encontrar o sucesso fazendo um som mais pesado, recruta o baixista Paul Petrucci, o baterista Steve LaCross e os guitarristas Robert Gillespie e Greg Miller. Em 1993, sai pela Black Cat Records, o disco “Rollin' and Tumblin', bem calcado no Hard/glam 80. O álbum possui bons momentos, como “When the Cat's Away “ e a fodástica “Sex Bomb”. O Problema então, foi o mercado musical da época, que praticamente sepultous as excelentes intenções da banda. Afinal, não estávamos mais na década passada, e esse tipo de som já estava sendo renovado e descartado pela MTV. O que restou foi um grande disco, fora de catálogo há anos. A banda encerrou as atividades e Jimmy Marinos voltou a tocar nos Romantics, como convidado, em apresentações eventuais.


-SEDUCE:



O Seduce ficou famoso ao aparecer no documentário “The Decline of Western Civilization Part II: The Metal Years”, um retrato sobre os jovens americanos e o Heavy Metal da época. O documentário mostra idiotas, perdedores, alguns artistas conhecidos daquele período e bandas novas. A formação clássica era Mark Andrews - Bass/Vocals, David Black – Guitar e Chuck Burns – Drums. Ainda contou com os vocais de Angelo Ganos, falecido em 2008. O primeiro disco é o homônimo álbum de 85, que continha a clássica “Headbangers”. Em 88, sai “Too Much Ain't Enough” com destaque para a canção “Any time or place”. Em 91, já sem gravadora, a banda lança “Worldwide”, que sairia apenas em K7, com Ganos nos vocais. Depois disso, a banda fez uma pausa, voltando apenas em 2002 para o lançamento do “Reunion 2002 DVD”, só com os clássicos até então. Atualmente a banda continua ativa e faz parte da grande cena Hard de Detroit.


-HALLOWEEN:



Uma das bandas mais toscas e originais do Hard&Heavy Americano. Apesar do nome, não tem nenhuma ligação com a germânica Helloween. A Halloween "The Heavy Metal Horror Show" já é veterana e lendária em Detroit. Ativa desde o início dos anos 80, este quinteto de metal clássico old school é famoso por incluir nos shows enormes equipamentos de luz, fumaça, neblina, teias de aranha, pirotecnia, atores ao vivo, um cemitério, uma casa assombrada e um castelo, apenas para citar alguns itens de suas apresentações bizarras. Estréiam em 1985, com "Don't Metal With Evil", e em 1986 gravam "Victim's of the Night", somente lançado em 1997. A discografia é longa e confusa, dificilmente encontrada. Em 2006, sai o inédito “Horror Fire”. Também lançam "E.vil P.ieces", um novo EP / Mini CD com canções novas de vários clássicos do Halloween. A banda conta com: Brian Thomas - Vocals. Donny Allen - Guitar. George Neal - Bass. Rob Brug - Drums. Billy Gray – Guitar. Prepare-se para o terror ... Halloween impõe o medo por trás do Heavy Metal! HAHAHAHA.


-Bitter Sweet Alley:



O primeiro disco do BSA, de 1983, trouxe um pop rock de FM, com músicas agradáveis e dançantes. Com "Some Like It Hot" de 85, veio uma mudança de imagem e som. O conjunto adota uma postura mais voltada para o rock melódico, mas ainda com uma sensibilidade pop. 3BY5, gravado em 1986, foi o disco mais pesado e consolidou o sucesso do grupo no cenário local. Membros: Gary Spaneola – Vocals; Dave Gerston – Guitar; Rich Nelson – Bass; Tim Marko – Drums. O voclista Gary Spaneola, também gravou um álbum solo, intitulado "Project One" em 1986, pela Track Records.


-Maiores informações: http://www.facebook.com/HardheavyAOR/

Gary O’ – "Get it While You Can" (single)


Gary O'Connor, mais conhecido como Gary O ', é um cantor canadense, filho do músico Billy O'Connor. Gary foi membro da banda Cat, nos anos 60. Após o seu término, formou uma banda-tributo aos Beatles, chamada Liverpool. Com a ajuda de Ian Thomas, lançou o single "Dolly", que não fez muito sucesso. Pouco depois, formou a banda Kid Rainbow. Durante este período, O'Connor assina um contrato com a Capitol Records e também se torna membro do Conselho de Administração da Associação de Músicos de Toronto. Após o fim do Kid Rainbow, inicia sua carreira solo, adotando o nome artístico "Gary O’. Em 1981, lança seu auto-intitulado álbum de estréia. O primeiro single, "I Believe in You", se tornou um grande sucesso no Canadá, acompanhado de uma regravação da canção do The Hollies - "Pay You Back With Interest". Com isso, consegue a posição # 70, no Billboard Hot 100 Charts. Também compôs músicas para o 38 Special ( "Back Where You Belong", "One Time For Old Times"), Molly Hatchet ( " What's Gonna Take It ") e Eddie Money ("Maybe Tomorrow"). Em 1984, lança seu segundo álbum, "Strange Behaviour". O primeiro single, "Shades of 45", fala sobre o bombardeio japonês e o Enola Gay. Consegue então, boa repercussão no Canadá. "Get it While You Can" também foi um hit bem executado na época. Atualmente, Gary O ' trabalha apenas como compositor. No Brasil, sua música é mais conhecida pelas propagandas de cigarro “Hollywood”, e talvez por ser o único cantor de Hard Rock da época que possuía cabelo curto. Infelizmente, com o fim do vinil no Brasil, o formato single acabou sendo descartado pelas gravadoras. Uma atitude de extrema ganância e falta de inteligência por parte deles, pois como todos sabem, o single tinha a função de promover os artistas de uma forma econômica, e manter a freqüência dos jovens nas lojas de discos, sempre em busca de novidades e novas sonoridades...uma pena...

Paulo Ricardo & RPM - Especial MTV 93


Em 1993, junto com o membro remanescente Fernando Deluqui, Paulo Ricardo resolve trazer à tona novamente o nome RPM. Convidam então, o tecladista Franco Júnior (que mais tarde integraria o P.U.S.) e o baterista Marco Costa, para gravarem um álbum no melhor estilo Hard Rock. A banda emplacou a faixa “Gênese”, mas a nova formação acabou não sendo bem aceita pelos críticos e pelo público. Antes de serem demitidos pela gravadora, fizeram um especial para a MTV, gravado ao vivo nos estúdios da emissora, durante o verão de 1993.  Destaque para as canções “Pérola” e “O Fim”, que narra a cena política da época no Brasil.

Explorer (BEL) - 1985


Banda de Speed Metal da Bélgica, dos anos 80. Gravaram várias demos, mas nunca um play completo. Obscuro.


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Rick Springfield - G. Hits


Clássico cantor australiano de AOR. Sua carreira começa na Austrália, logo depois se muda para os Estados Unidos, onde desenvolve uma nova fase musical, tornando-se também ator de televisão e cinema. Ganhou um prêmio Grammy e chegou ao primeiro lugar da parada americana com a canção “Jessie Girl”. Também teve participação, como um dos protagonistas da série de TV General Hospital e fez várias aparições como convidado em outras séries, entre elas, "Californication", na 3ª temporada, transmitida nos EUA pelo canal "Showtime". Nesta série, interpretou a si mesmo, como uma lenda pop excêntrica, que na meia idade ainda faz bastante sexo e usa drogas.


Outros álbuns seus também obtiveram grande vendagem, principalmente durante os anos 1980, como "Living in Oz", "Tao" e "Rock of Life". Depois de alguns anos sem gravar e lançando um disco de covers, recentemente voltou a produzir material novo com os álbuns "Shock/Denial/Anger/Acceptance" (2004) e "Venus in Overdrive" (2008). Obteve 17 músicas no Top 40 Hits, sendo 5 delas na lista do Top 10. Ainda estrelou o filme "Hard to Hold" e participou de inúmeros outros.

N.O.W. – Force of Nature single

Criado pelo músico brasileiro Alec Mendonça, o N.O.W. é um projeto voltado para o Melodic Rock/AOR. O experiente Philip Bardowell (Criss, Places of Power, Unruly Child) foi quem assumiu os vocais. O resultado disso é “Force of Nature”, um álbum destinado a estar entre os preferidos de 2010.

Hay Kay – 1992

Banda liderada pelo vocalista Vinny. Em 1992, lança o primeiro e único registro. O som era uma mistura de Hard Rock com pop de FM. Reza a lenda, que a gravadora RCA/BMG mandou prensar apenas 500 cópias, temendo o fracasso do grupo. Não deu outra, o disco passou desapercebido completamente, apesar de cônter algumas boas faixas, como “Vôo veloz”. Além de Vinny, a banda tinha Marcelo Sussekind (Guitarras), Roberto Lly (Baixo) ex-integrantes do Herva Doce, Marco Strada (Bateria) e Cláudio Maza (Teclados). Em 1995, Vinny assina contrato com a Indie Records, e coloca um ponto final na história do Hay Kay.

JOHNNY THUNDERS – Um junkie punk!

Johnny Thunders, cujo nome real era John Anthony Genzale Jr, nasceu em 15 de julho de 1952, em Nova Iorque. Mas ficou conhecido como membro do New York Dolls, um bando de drag-queens, que influenciaram todo um movimento, também conhecido como punk. Formada em 1971, por garotos de colégio, a New York Dolls iniciou um novo estilo, o glam rock. Praticando um rock'n'roll furioso e cativante, lançam seu primeiro álbum, “New York Dolls” (1973). A estética trash era descendente dos Rolling Stones/Velvet Underground, e o ritmo frenético vinha dos rockers dos anos 50 e bandas de surf-music dos anos 60. Em 74 sai ”Too much Too soon”, que também não agrada comercialmente, Thunders resolve então sair da banda.Em 77, com Jerry Nolan na bateria, Richard Hell no baixo (substituído por Billy Rath) e Walter Lure na guitarra, forma o HEARTBREAKERS. O álbum “LAMF” (Track, 1977), demonstrou toda força e atitude vinda do New York Dolls, aliada ao lado selvagem e impactante de seus integrantes. A grandeza deste disco, é o testemunho direto do espírito que animou os clubes de Nova York nas vésperas da era punk. Aqueles riffs e refrões, arrancados em uma velocidade louca e ruidosa, anunciavam uma profunda revolução na maneira de conceber rock . Eles acabaram se mudando para Inglaterra, obtêndo fama na cena inglesa do punk rock. Infelizmente, depois de “So alone” (78), os Heartbreakers não gravariam nenhum material inédito. Posteriormente, sua discografia foi preenchida por discos gravados ao vivo, com material velho. O E.P. “In Cold Blood” (New Rose, 1983) contém dois novos clássicos, “Diary of a lover” e “In Cold Blood”. Depois vêm “New Too Much Junkie Business” (ROIR, 1983), o E.P. “Diary of a lover” (PVC Lover, 1984) e “Que Sera Sera” (Selva, 1985). “Hurt Me” (New Rose, 1984) é um álbum acústico. “Copy Cats” (Restless, 1988) é uma compilação de covers , Gang War (Zodiac, 1990) é um álbum gravado com o guitarrista do MC5, Wayne Kramer. Estes são registros onde Thunders demonstra toda a sua paixão pelos Rolling Stones. Finalmente, temos “Born Too Loose” (Jungle, 1999), que reúne os seus clássicos e encerra sua discografia. Bom, podemos finalizar dizendo que, Johnny Thunders foi uma das figuras mais importantes e controversas da década de 70, além de ser um elo entre o rock decadente do Velvet Underground, o som ultrajante do Stooges, e o glam-rock de Marc Bolan. Thunders representou o caráter do solitário, desesperado e perdedor, tão típicos da cultura americana, e que serviu como modelo para a década seguinte. Ele morreu em abril de 1991, aos 38 anos, de overdose de Heroína e metadona, em um hotel de Nova Orleans. Já Nolan, companheiro de HEARTBREAKERS, sofreu um derrame cerebral e faleceu em janeiro de 1992. (Rest in peace my friends...).

Damaged Corpse - False Reality, True Profit Demo 1989


Trasheira obscura e tosca da Bélgica.


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Spartan Warriors – 1984


Banda inglesa, oriunda de Sunderland. Foi formada em 1980 e fez parte da grande cena nwobhm do Reino Unido. Não é uma das melhores, mas vale a pena uma audição despretensiosa. Banda: Dave Wilkinson – vocals, Neil Wilkinson - guitars (Waysted), Paul Swaddle – guitars, Tom Spencer – bass, Gordon Webster – drums.

TITÃS – “Quanto Tempo”. Parte 1

Para quem não sabe, os Titãs um dia já foram a maior banda brasileira, tanto na parte musical, quanto na questão da popularidade. Produziram obras primas como “Cabeça dinossauro” e “Titanomaquia”, entre outros. Apesar do retrospecto glorioso, a banda vive hoje de lembranças. Lembranças de um tempo bom, de um passado fértil e criativo, bem distante dos últimos dez anos atravessados. Criada no início da década de oitenta, em 1982 eles já causavam estranheza no público, apresentando um grande número de integrantes. Eram nove: Arnaldo Antunes (vocal), Paulo Miklos (vocal, sax, guitarra), Marcelo Frommer (guitarra), Sérgio Britto (vocal, teclado), Toni Belloto (guitarra), Branco Mello (vocal), Nando Reis (baixo, vocal), André Jung (bateria) e Ciro Pessoa (vocal). Essa formação adotou o nome “Titãs do Iê-Iê” e a proposta inicial foi fazer apenas uma releitura da Jovem Guarda. Dois anos depois, com a saída de Ciro Pessoa em 84, assinaram com a WEA e lançaram o primeiro disco, auto-intitulado. Sem estilo definido ainda, o único sucesso foi “Sonífera Ilha”, que chegava a ser cantada de 3 a 4 vezes durante os shows. Segundo Sérgio Britto, “a falta de um estilo próprio, de um direcionamento musical definido era proposital, uma ideologia da banda”. Na verdade era tudo muito brega e sem ousadia musical. Nesse disco, também encontramos as músicas “Toda cor” e a complexa “Balada para John e Yoko”. Quanto ao resto das canções, tudo se mostra dispensável por aqui. Em 85 eles gravam o álbum “Televisão”, produzido por Lulu Santos. O grupo começou o ano com um novo baterista, Charles Gavin. Com a nova formação, os Titãs emplacam os hits "Insensível" e "Televisão". Como aconteceu no primeiro disco, as vendas foram modestas e ainda predominava uma variação no estilo do grupo, onde canções mais pesadas dividiam espaço com registros mais pops. O disco não é ruim, e nota-se um certo amadurecimento por parte dos integrantes. A canção “Massacre” já era um prelúdio para o rock pesado que se ouviria nos próximos discos. No mesmo ano, a banda ficaria marcada pela prisão de Arnaldo Antunes e Tony Belloto por porte de drogas. Foram 26 dias de cárcere, onde Arnaldo relata momentos de angústia e desespero por parte de ambos. Em 1986 gravam o majestoso “Cabeça dinossauro”. Com esse álbum, os Titãs finalmente encontraram uma fórmula e uma maneira própria de se fazer rock no país. Apesar da temática das músicas ser uma cópia barata da banda feminina “Mercenárias”, tudo aquilo produzido no álbum se tornou único e o disco foi eleito um dos mais importantes da história do Rock Brasil. No mesmo ano onde os Paralamas do Sucesso alcançavam estrondoso sucesso com "Selvagem?", a Legião Urbana com "Dois", e o RPM com "Rádio Pirata", os Titãs precisavam acompanhar a evolução sonora daquele período. Dessa forma, resolvem convocar o produtor Liminha, responsável pelos principais álbuns da década de 80, e que havia sido criticado através da imprensa por alguns integrantes da banda paulista. Em entrevista para a Folha de S.Paulo, em 2006, Sérgio Britto reconheceu o trabalho do produtor. "O Liminha foi o responsável pela realização do nosso maior sonho: gravar com qualidade, liberdade e em altíssimo astral", disse. Um outro fator contribuinte para o sucesso foi o ataque as instituições como a igreja, a família, o Estado e, principalmente, a polícia ("Polícia para quem precisa / Polícia para quem precisa de polícia"). Com certeza, um clássico indiscutível e imprescindível de nosso acervo. No ano de 1987 sai “Jesus não tem dentes no país dos banguelas” e mais uma vez Liminha assume a produção. O registro é praticamente um sucessor sonoro do “Cabeça”, dessa vez misturando peso com inovações eletrônicas. De um lado do disco tínhamos "Lugar Nenhum", "Desordem" e "Nome aos Bois". Do outro, mais inovação: o sampler, uma novidade naqueles tempos, que proporcionou um tom eletrônico a "Todo Mundo Quer Amor", "Comida" (composição de protesto que, em vez de pedir comida, pedia arte e cultura) e "Corações e Mentes". Corajosamente, a banda decidir fazer o show de lançamento do novo álbum em pleno Hollywood Rock de 1988. A apresentação dos Titãs foi eleita pela crítica especializada a melhor do festival, superando Simple Minds, UB40, Pretender, Simply Red e outros grupos internacionais. No mesmo ano, participam do Festival de Montreux, na Suíça. Desse show resultaria o disco ao vivo "Go back", lançado em 1988, que vendeu mais de 320 mil cópias, no qual o grupo incluiu a faixa-título "Go back", música de Sérgio Britto sobre poema de Torquato Neto - poeta ligado ao Tropicalismo que se suicidou em 1972. Ainda deste disco regravariam várias faixas que foram sucessos anteriores: "Polícia", "Não vou me adaptar", "Jesus não tem dentes no país dos banguelas", "Nome aos bois" e "Marvin". Em 89 sai “Õ Blésq Blom”, obtendo boa repercussão dentro da crítica e aceitação por parte do público. Bem mais eletrônico, o disco foi eleito "o vinil mais bem produzido que este país já viu", pela revista Bizz. Até o fim de 1990, alcançou a marca de 220 mil cópias, no rastro de canções como "Flores", "O Pulso" e "Miséria". Vale ressaltar também a participação da dupla de repentes pernambucanos Mauro (ex-estivador e auto-intitulado "O Rei do Rock") e sua esposa Quitéria, que cantavam com um poliglotismo curioso, misturando palavras em inglês, italiano, grego, russo e japonês, na introdução e na vinheta final do álbum. A música "Medo" foi a primeira faixa a ser lançada em CD-single no Brasil - ainda assim, o produto foi destinado somente às rádios. Dessa forma os Titãs encerravam a década de maneira honrosa...(continua...).

TITÃS – “Quanto Tempo”. Parte 2

O começo da década de 90 não se mostrava muito animador para as bandas nacionais, pois as gravadoras haviam decidido cortar boa parte dos investimentos em novos artistas. O surgimento da MTV no país pouco ajudava, pois na época, os vídeos estrangeiros possuíam qualidades técnicas infinitamente superiores aos nacionais. Em meio ao transe do novo cenário internacional, onde explodia uma nova onda chamada “Grunge”, os Titãs gravam o disco “Tudo ao Mesmo Tempo Agora”, sexto álbum de estúdio, lançado em 1991. Do som eletrônico para o rock “sujo”, assim podemos chamar a nova empreitada do grupo. “Tudo ao Mesmo Tempo” foi um flerte do som nacional com a sonoridade do movimento de Seattle que estava em ascensão no momento. O disco é o único trabalho da banda assinado pelos próprios integrantes, sem a parceria do produtor Liminha (o "nono titã"). Os créditos das quinze faixas também foram divididos entre os músicos. O álbum traz clássicos como “Filantrópico”, “Flat-Cemitério-Apartamento” e a escatológica "Isso para Mim é Perfume", na voz de Nando Reis. O disco não conseguiu chegar à marca das 150 mil cópias vendidas e ainda sofreu severas críticas. O teor das letras recheadas de palavrões foram culpadas por boa parte do fracasso. Apesar dos contratempos, os shows da banda continuavam em alta, mas, em dezembro de 1992, durante os ensaios, Arnaldo Antunes resolve se desligar do grupo, demonstrando pouca afinidade com aquele novo material e querendo apenas dedicar-se a sua carreira solo. Encerrava-se ali, uma longa e frutífera vida útil na banda, onde também morria parte da identidade do conjunto. Todo o massacre crítico sofrido em “Tudo ao Mesmo Tempo Agora”, foi retribuído com um disco ainda mais agressivo. A estratégia usada para a produção e boa mixagem, foi a “importação” de Jack Endino, conhecido membro atuante da cena de Seattle e produtor minimalista da estréia do Nirvana, Bleach. Assim, nascia “Titanomaquia”, gravado em 1993. As primeiras cópias deste disco vieram em sacos plásticos pretos, com a abertura colada, através de adesivos, com o nome do disco impresso neles. Isso causou certa estranheza nos consumidores, que não sabiam muito bem o que vinha pela frente. O disco já abre com “Será que é disso que eu necessito?”, uma bela resposta aos críticos. “Nem sempre se pode ser Deus” mantêm a mesma idéia do começo, depois vem “Disneylândia”, onde não há refrão, provavelmente inspirada em alguma música da banda Mercenárias. Em “Hereditáro”, temos Nando Reis totalmente deslocado por aqui, inclusive é a sua única música cantada. “Estados alterados da mente” fala por si só. Sérgio Britto arregaça em “Agonizando”, uma das mais fodas do disco, “De olhos fechados” é pegada, com pouca letra. “Fazer o que” tem uma lado mais heavy, e a “Verdadeira Mary Poppins” é um quase um hino á loucura. “Tempo pra gastar” questiona o quanto tempo temos disponível para fazer o necessário, ou desperdiçá-lo. “Dissertação do papa sobre o crime seguida de orgia”, tem letra complexa e arranjos legais. O disco acaba com a foda “Taxidermia”, que teve até clipe rodado na MTV. Com certeza, é um dos maiores discos da história do rock nacional, genuinamente pesado e audacioso. Já em férias da turnê, os integrantes resolvem investir em projetos paralelos. Toni Belloto lança o livro "Bellini e a Esfinge", Nando Reis grava o razoável disco "12 de Janeiro", Paulo Miklos também lança um trabalho solo mediano, Charles Gavin trabalha com novas bandas e junto com Nando Reis produz o álbum da cantora Vange Leonel. Branco Mello e Sérgio Brito montam o Kleiderman, um projeto de punk rock básico. Mas, é junto com a WEA, que fazem uma das maiores contribuições para a cena daquele período, o selo Banguela Records, que revelou várias bandas em início de carreira ou desconhecidas, entre elas, Raimundos, Mundo Livre S/A, Maskavo Roots , !Pravda etc. Em 1995 a banda encerra as férias e grava o álbum "Domingo". Também produzido por Jack Endino. A sonoridade veio mais pop do que nos dois trabalhos anteriores, mas, ainda possuía bons momentos, como na faixa-título "Eu Não Agüento", da Banda Tiroteio, primeira canção gravada pelos Titãs que não foi composta por um dos músicos do grupo. A canção “Domingo” também soava agradável, com sua ironia típica. Outros momentos bons são: “Um copo de Pinga”, “O caroço da cabeça” e “Brasileiro”, crítica bem humorada ao nosso estilo de ser. Contou ainda com participações especiais de Herbert Vianna, João Barone, Andreas Kisser e Igor Cavalera. "Domingo" foi disco de ouro e encerrava para sempre toda uma fase de fúria e criatividade dos Titãs. Na comemoração dos 15 anos de carreira, lançam "Acústico MTV", gravado em 1997, que vendeu mais de 1,7 milhão de cópias, algo totalmente impensado para um grupo como eles. Infelizmente, depois disso, toda a coragem e atitude titânica foi para o lixo, pois virou a marca registrada deles, gravarem acústicos ruins e baladinhas mela-cueca, tudo isso voltado para o seu próprio bem financeiro. Azar o nosso, que perdemos mais uma banda para o sistema, e sorte das gravadoras que faturaram alto com a falta de atitude e qualidade desse pessoal. Uma pena.

Sprinkler - Peerles

Formada em 1992, pelos irmãos Chris e Nate Slusarenko, Steven Birch e Eric Moore. Foi uma banda de curta duração, contratada pela Sub Pop records. Gravou apenas dois discos e depois se dissolveu. Após a separação, seus membros migraram para outros grupos “pós-grunge”, como o Everclear. Já os irmãos Slusarenko, abriram uma loja de discos em Portland. “Peerles” é o segundo álbum, gravado em 1993 e traz o bom e velho Rock de garagem dos anos 90.

Giuffria – Silk and Steel

O Giuffria foi formado no início dos anos 80 pelo ex-tecladista do Angel (Gregg Giuffria) juntamente com o vocalista David Glen Eisley. Para o resto da banda, recrutaram o guitarrista Craig Goldy, o baixista Chuck Wright e o baterista Alan Krigger. O primeiro disco, “Giuffria”, chegou às lojas em 1984 trazendo os hits “Call to the Heart” e “Lonely in Love”. Um ano depois, três músicas do grupo entraram para a trilha sonora do filme “Gotcha!”. Em 1986, com Lanny Cordola no lugar de Goldy e David Sikes no lugar de Wright, a banda gravou “Silk and Steel”, que foi um fracasso comercial e fez com que o grupo se separasse. A banda ainda tentou uma nova investida, com a ajuda de Gene Simmons (Kiss), que os contratou para o seu selo. Greg, Lanny e David toparam, mas não poderiam contar mais com Alan e David, que já estavam em outros projetos. Vieram o baterista Ken K. Mary (Alice Cooper) e Chuck Wright que retornaria ao posto. Tudo parecia perfeito, até que Gene resolve fazer algumas exigências á banda. A primeira foi a entrada do vocalista James Christian, e a segunda foi a mudança do nome para House of Lords, mudando para sempre o rumo da banda e dando início a uma outra longa história...

Exorcist - After The North Winds Demo


Trasheira obscuríssima. Gravado na Polônia, em 1988. Banda: Beerbear - Vocals, Bass; Rothon – Guitar; Agressor – Guitar; Skeleton – Drums.


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Leather Angel – We Came to Kill


Banda feminina de Los Angeles, que surgiu no início da década de 80. O som era o metal da época e tinha na formação Terry O'Leary-vocal, Debbie Wolf-guitarra, Cathy Amanti-baixo e Krissi Norte-bateria. Foi quase a única banda feminina da cena metal daquele período. Originalmente chamado Obsession, tiveram que mudar o nome para não criar problemas com outra banda também conhecida como Obsession. Freqüentavam a West Hollywood metal/hard rock cena, que produziu nomes como Motley Crue, Guns’N 'Roses, LA Guns, Poison, Warrant e Vixen, mas ao contrário destes, não foram muito longe comercialmente. We came to Kill, primeiro e único registro, foi lançado em 1983, era composto por seis faixas de puro Heavy Metal devastador. Infelizmente a banda acabou pouco tempo depois e nunca chegaram a gravar um álbum completo e melhor produzido.

Tuff Turf - O Rebelde

Mais um clássico da década de 80. Tuff Turf foi lançado no Brasil em 1985 e estrelado por James Spader. A história é sobre o jovem rebelde Morgan (Spader), um encrenqueiro profissional que vive sendo expulso de escolas. Seu pai faliu e a família decide morar na Califórnia deixando Connecticut. Na nova escola ele conhece o desengonçado baterista Jimmy (Robert Downey), Nick (Paul Mones) e sua gangue (que lembram os bizarros Menudos!) e também Frankie (Kim Richards, tia de Paris Hilton na vida real) a namorada do líder dos marginais. O filme traz menções de outro clássico, “Juventude Transviada”. Em Tuff Turf, ainda encontramos vários aspectos sociais, como as diferenças de classes, as drogas e a ausência de perspectiva dos jovens norte-americanos. Destaque para o iniciante Robert Downey (ainda sem o Jr) e a grande trilha sonora com Marianne Faithful, Southside Johnny, The Jim Carroll Band e outros.

Rádio Táxi - Matriz


O ano de 1981 foi marcado pelo início do movimento das bandas de pop rock no Brasil. Uma das primeiras a surgir nesse cenário foi o Rádio Táxi, formada por músicos experientes, oriundos de várias bandas nacionais. Wander Taffo, famoso por sua técnica de guitarra, se juntou a Lee Marcucci, e juntos montaram um dos maiores hitmakers dessa década. Em 84, a música “Eva” foi a mais executada em território nacional. O álbum “Matriz” é do ano de 86 e traz consigo um maior amadurecimento por parte da banda, além de mais peso e precisão técnica. É acompanhado por uma sonoridade típica da época, com teclados e sons de arena. É dele as canções “Passos no porão” e “Você se esconde”, trilha sonora da novela “Roda de Fogo”. Também gerou um show ao vivo, posteriormente lançado em vhs, fora de catálogo a anos. Foi o último álbum oficial do grupo, pois logo depois Taffo iniciaria sua carreira solo, e os outros integrantes tentariam tocar o Rádio sem ele, não obtendo êxito.

YES – The Yes Album

A banda surgiu no final da década de 60, apresentando o estilo psicodélico da época, mas já mostrando alguns elementos criativos que viriam a se consolidar (influência folk , clássica). Este disco, gravado em 71, é conhecido por trazer a virtuose no violão clássico, vinda do guitarrista Steve Howe, que ajudou a fazer deste, um álbum mais complexo, com maior peso na guitarra, no baixo e grandes passagens de bateria. Seria a partir dos próximos discos “Fragile” e “Close to the Edge”, que a banda faria a transição do psicodélico para o progressivo...

Trick or Treat - Rock do Dia das Bruxas


Lançado no ano de 1986, o filme “Trick or Treat” saiu no Brasil com o nome “Rock do Dia das Bruxas” e foi sistematicamente reprisado pelo SBT nos anos 80 e começo de 90. O enredo gira em torno de um adolescente fascinado por Heavy Metal e pelo seu ídolo, Sammy Curr (interpretado pelo falecido ator Tony Fields), que se envolve em situações sobrenaturais e estranhas. Há participações especiais de Ozzy Osbourne e Gene Simmons. A trilha sonora ficou por conta da banda inglesa Fastway, famosa por seu Hard&Heavy típico da época. Aqui destacamos as canções “Don’t Stop the Fight”e “After Midnight”, com direito a clipe pra lá de tosco. Sobre o filme, podemos destacar ainda o personagem Sammi Curr (Tony Fields), roqueiro fodão e gostosão, espécie de Marilyn Manson dos anos 80, criador de polêmica e autor de álbuns como "Fuckingwith Fire" e "Torture is Too Kind". Com certeza é bom relembrar uma fase onde os filmes de horror eram produzidos em grande escala, fazendo parte de nossas vidas e de todos os jovens daquele período.