terça-feira, 26 de março de 2019

Alice in Chains - Facelift (1990)

Quando o álbum de estréia do Alice in Chains, foi lançado cerca de um ano antes do "Nevermind" do Nirvana, a próspera cena de Seattle pouco aparecia no radar musical nacional. Isso passou a mudar, quando a MTV começou a divulgar o vídeo de "Man in the Box", dando ao grupo, um impulso crucial e ajudando a pavimentar o caminho para a popular explosão do grunge, no final de 1991. Apesar de suas influências dominantes (Black Sabbath e Stooges), o Alice in Chains eram indiscutivelmente a mais metálica das bandas grunge, o que lhes deu um apelo maior fora do underground. Se antes o grupo flertava forte com o glam-metal, eles decidem por uma mudança sonora radical, executando um som sinistro, chocante e sufocante, que os distancia definitivamente da cena do hard rock comercial dos 80-90. Nem hedonista, nem especialmente tecnicamente realizada, as músicas do Alice in Chains eram lentas e pesadas, com uma sensação de melodia inegável, mas que rastejava sobre o lodo obscuro instrumental. 


Não há como negar que a química entre Layne Staley (vocal), Mike Starr (contra-baixo), Jerry Cantrell (guitarra) e Sean Kinney (bateria) era quase perfeita. Embora algumas partes do "Facelift" se transformem em bombas túrgidas e pesadas (particularmente no segundo lado errático), as letras às vezes são imaturas. O efeito geral é novo, excitante e poderoso. Enquanto a banda continuaria fazendo um trabalho melhor e mais consistente, o "Facelift" foi um dos discos mais importantes no estabelecimento de uma audiência para o grunge e o rock alternativo, entre os ouvintes de hard rock e heavy metal, e com sua certificação de platina, também fez Alice in Chains, a primeira banda de Seattle a se aproximar de um público mais amplo, menos exclusivamente underground. Faixas de destaque: MAN IN THE BOX; WE DIE YOUNG; BLEED THE FREAK; SUNSHINE; LOVE, HATE, LOVE.


-https://www.youtube.com/watch?v=N1qExvn1S30