quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Nirvana - Bleach

O álbum de estréia do NIRVANA, é considerado um dos pilares de um dos episódios mais marcantes da música das últimas décadas: O GRUNGE. Lançado em 1989 pelo selo musical independente SUB POP, foi produzido por ninguém menos que JACK ENDINO (ex integrante da banda Skin Yard), grande contribuinte da ascensão do GRUNGE nas garagens do underground, para as grandes gravadoras do mainstream. Reza a lenda que o BLEACH foi gravado em poucos dias e custou a bagatela de pouco mais de 600 dólares. Inicialmente, vendeu cerca de 6 mil cópias, atingindo marcas maiores apenas após o lançamento da magnum opus do NIRVANA, o NEVERMIND (1991). 

Endino, que havia produzido anteriormente bandas precursoras do som de SEATTLE como MUDHONEY e SOUNDGARDEN, no BLEACH consegue manter a legítima sonoridade daquele período: algo cru, sujo e pesado. Os ruídos e microfonias ganham status de música, não há mais lugar para o virtuosismo das bandas GLAM dos anos 80 tipo Guns ou Poison, pelo contrário, cria-se um movimento contrário a imagem do “GUITTARHERO”. O grunge declara o descompromisso com relação à parte técnica da música. BLEACH, apesar da inovação, não conta com a formação clássica do NIRVANA, (Kurt/Krist/David). O responsável pelas baquetas é o apático Chad Channing, que foi gentilmente chutado da banda pouco antes do NEVERMIND (mas este é um outro capítulo a ser revisado). Se você quer entender o verdadeiro som de Seattle, Bleach é e sempre será uma peça fundamental, um disco bem a frente de seu lançamento, ao lado dos debuts de SOUNDGARDEN e TEMPLE OF DOG.