quinta-feira, 23 de setembro de 2010

St. Valentine – Demos

Obscuro Hard Rock Americano (?), que teve como produtor Dana Strum, baixista da banda “Slaughter”. O disco ainda contou com os talentos de Mark Slaughter e Jeff Scott Soto, como músicos de apoio. Uma mistura de glam, teclados melódicos e puro Hard Rock. Recomendado para apreciadores de artistas como Rob Rocks, Driver, etc. O vocalista John Ward era Inglês, e esteve à frente da banda “Shy”, no disco "Welcome To The Madhouse", de 1994.
Somente para fãs do gênero.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Blue Cheer – The Beast is Back


Para quem não conhece, o Blue Cheer surgiu em São Francisco, Califórnia, no fim dos anos 60 e foram pioneiros do estilo “Heavy Metal”, servindo de modelo para vários outros artistas da época. Formado por Leigh Stephens (guitarra), Paul Whaley (bateria) e Dickie Peterson (baixo e vocal), a banda atravessou inúmeras formações diferentes em sua trajetória.O rock do grupo era inspirado no blues e no psicodelismo, com uma grande carga de distorção. O conjunto lançou alguns álbuns entre o final dos anos 60, até o final dos anos 70, quando decidem parar. Em 1979, Peterson tenta remontar o grupo, mas não obtêm êxito. Somente cinco anos mais tarde conseguiria trazer de volta o nome Blue Cheer, convencendo o baterista Paul Whaley a aderir ao projeto, com Tony Rainier na guitarra. É em fevereiro de 1985, que gravam esse majestoso disco, marcando o seu retorno. Chamado "The Beast Is Back", trazia releituras de "Summertime Blues", "Babylon", "Out Of Focus" e "Parchment Farm", e algumas faixas inéditas. Porém, esta formação durou pouco tempo, e Peterson passa os próximos quatro anos excursionando com diversos músicos, sempre utilizando o nome BLUE CHEER. Uma destas inúmeras formações gerou outro clássico disco, "Blitzkrieg in Nüremberg', gravado ao vivo na Alemanha em outubro de 1988...

domingo, 5 de setembro de 2010

Wrathchild America - 3-D

Fenomenal banda de Thrash Metal que conseguiu o que pode ser considerado um feito: demonstrou versatilidade e mesmo irreverência em um estilo tão sério e geralmente delimitante. Infelizmente, nunca recebeu o reconhecimento que tanto merecia.
Formada no final dos anos 70, a banda só viria a gravar seu debut uma década depois. Até então, eles eram conhecidos apenas como Wrathchild, mas devido ao fato de já existir uma banda de glam metal na Inglaterra com o mesmo nome, acrescentaram o 'America'.

3-D, o segundo e último álbum, foi lançado em 1991, ano em que o grunge lamentavelmente varreria o metal do mapa. Ainda que bandas como Sepultura, Pantera e Corrosion of Conformity tenham se mantido fiéis ao estilo e conseguido permanecer relevantes (pelo menos por mais alguns anos), não foi o caso com o Wrathchild America. Após o lançamento do álbum e a fraca repercussão do mesmo (devido ao advento do grunge certamente), a Atlantic Records dispensou a banda, que em seguida mudou o nome para Souls at Zero e adotou uma sonoridade mais grunge, resultando num híbrido de grunge/metal, extremamente genérico, no entanto. Nem de longe se compara ao formidável Wrathchild America.
Mas enfim, quanto ao álbum em questão, este simplesmente não deve em nada aos clássicos do gênero (Reign in Blood, Master of Puppets, Peace Sells, The New Order, etc). Aliás, é superior em vários aspectos. Além de peso e pegada muito boas, com bastante técnica e precisão (como era de se esperar das grandes bandas de Thrash), os caras mantêm a mente aberta, introduzindo elementos não muito comuns de se encontrar no estilo, mas que produzem excelentes resultados: a faixa Spy, por exemplo, conta com uma frase de swing dos anos 20! E não pára por aí. Encontramos, no decorrer do álbum, compassos quebrados, música clássica e até reggae, entre outras agradáveis surpresas, tudo devidamente dosado com um toque de irreverência (como podemos constatar, por exemplo, na hilária faixa blues 'I Ain't Drunk, I'm Just Drinkin'', que encerra o álbum de maneira divertida).
Obviamente que nem tudo é brincadeira. Temos excelentes petardos como Draintime e Surrounded by Idiots, entre outros, representando o lado mais 'puto' do álbum, por assim dizer. Afinal de contas, sem indignação e inconformismo, uma banda não pode ser considerada Thrash, certo?

Destaque para as faixas: Spy, Draintime, Surrounded by Idiots, Another Nameless Face, 11 e I Ain't Drunk, I'm Just Drinkin'.