domingo, 7 de maio de 2017

Agnetha Faltskog - I Stand Alone

Na década de 70, a disco-music era um estilo bem badalado, tendo grupos como Bee-Gees, Chic e principalmente o suéco ABBA, como seus maiores expoentes. Depois do fim do ABBA, cada integrante seguiu seu próprio caminho, tendo a vocalista Agnetha alcançado um sucesso maior, gravando discos-solos no melhor estilo pop-rock e até AOR. Nascida na Suécia em 5 de abril de 1950, Agnetha Ase Fältskog começou a cantar ainda criança, influenciada por seus pais. Já na juventude ela monta seu primeiro grupo, THE CAMBERS e depois inicia uma razoável carreira-solo, até formar o ABBA e alcançar o sucesso mundial. Em 1982, já desgastada pelo sucesso, Agnetha anuncia a saída da banda suéca. Ela começaria a gravar discos-solos de forma regular, durante toda a década de 80. Em 1983, lança o primeiro álbum em inglês, "Wrap Your Arms Around Me", que vendeu, só na Suécia, 320 mil cópias. Foi produzido pelo australiano Mike Chapman. Também foi seu primeiro disco lançado após sua separação do ABBA. Em 1985, ela lança seu segundo álbum em inglês, chamado "Eyes Of A Woman", produzido por Eric Stewart, ex-10cc. Este álbum também foi um grande sucesso em seu país de origem. Em 1986, a Cupol inc. lançou uma compilação de suas músicas cantadas em suéco chamada: "Sjung Denna Sång". Chega então, o grande ano de 1987. Agnetha grava seu terceiro e melhor álbum em inglês, "I Stand Alone", produzido pelo cantor e produtor americano PETER CETERA (CHICAGO). A sonoridade era o AOR típico de rádio Fm, no melhor estilo de grupos como TOTO, REO SPEEDWAGON e FOREIGNER. A melhor parte do disco com certeza, é o dueto com PETER CETERA, chamado "I Was not The One (Who Said Goodbye)", acompanhado de um belo e melancólico clipe gravado na Europa. Fältskog também fez vários vídeos promocionais para os melhores singles do álbum, incluindo "The Last Time" e "Let It Shine". Quando o terceiro single, "I Was not The One (Who Said Goodbye)", apareceu na Billboard dos Estados Unidos em abril de 1988, a Warner-Music pediu que ela fizesse outro vídeo imediatamente. Embora fosse um dueto com PETER CETERA, ele não participou do clipe. A faixa do álbum, "Love in a World Gone Mad", foi um cover de uma música do grupo pop britânico BUCK FIZZ, de seu álbum "Writing on the Wall". Para a capa do LP, Agnetha surgiu com um novo visual, utilizando um cabelo loiro, espetado e levemente armado, "visu" típico da época. O álbum vendeu 170 mil cópias, tornando-se o LP mais vendido da Suécia em 1988, onde permaneceu no número 1 por oito semanas. Também atingiu o Top 20 na Noruega e na Bélgica, e o número 22 nos Países Baixos. 

Infelizmente, este trabalho foi o último lançado por ela antes de uma longa pausa, que durou até 2004, devido a problemas pessoais e de reclusão (Agnetha chegou a ser perseguida e ameaçada por um de seus ex-maridos malucos). Com certeza, este disco é altamente recomendável, sendo uma pérola perdida dos anos 80, deixando qualquer fã de Adult Oriented Rock surpreso e com satisfação garantida. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Billy Squier - Signs of Life


Guitarrista norte-americano de hard rock e AOR. Nascido em 12 de maio de 1950 (Boston, Massachusetts), é famoso pelos hits "The stroke", "In the Dark, "The Big Beat," "Lonely Is the Night," "Everybody Wants You," e "Emotions in Motion". Em 1970, Billy começa sua carreira formando a banda KICKS, junto com o baterista do NEW YORK DOLLS, Jerry Nolan. Depois monta outra banda, o PIPER, em 1976, que lançou dois álbuns. Na época, a revista especializada em música Circus Magazine, apresentou-o como "o maior álbum de estréia já produzido por uma banda de rock dos EUA". O PIPER foi administrado pela mesma empresa do KISS e, de fato, abriu para eles durante sua turnê de 1977, incluindo duas noites de uma temporada esgotada no New York's Madison Square Garden. Depois disso, Billy Squier resolve sair em carreira solo, lançando o disco clássico "The Tale of the Tape" em 1980. Aqui se destacou a canção "You Should Be High Love" - ​​com direito a um elaborado videoclipe. A consagração veio mesmo com o próximo disco - "Don't say no", de 1981, onde Squier desejava  Brian May, do QUEEN, como produtor. May recusou devido a conflitos de agenda, mas recomendou Reinhold Mack, que havia produzido um dos álbuns do QUEEN,"The Game". "Don't say no" se tornou um enorme êxito, com o single "The Stroke" (fez parte das antigas trilhas do cigarro Hollywood) atingindo o Top 20 nos EUA. "In The Dark" e "My Kinda Lover" foram outros singles de sucesso. O disco vendeu mais de 4 milhões de cópias nos EUA, e o mais interessante nisso, segundo Squier, é que a gravadora nem queria que a música "The Stroke " entrasse no álbum. O próximo lançamento foi "Emotions in motion" de 1982, com destaque para "Everybody wants you", além da parceria com os caras do QUEEN na música "Emotions in motion", fazendo deste álbum um grande sucesso também, vendendo 3 milhões de cópias. 

Chega então, o fatídico ano de 1984. Billy Squier grava o disco "Signs of life", e, apesar de emplacar vários hits como "All night long" e "Eye on you", o guitarrista de Boston comete um dos seus piores erros. Para divulgar a música "Rock me tonite", ele grava um videoclipe para MTV, para lá de tosco, e de gosto duvidosíssimo. No clipe, o guitarrista aparece de roupa rosa, fazendo passos de dança "a lá flashdance". Foi o suficiente para os roqueiros puristas deixassem de curtir Squier, levando um bom tempo para o guitarrista recuperar sua imagem (uns dizem que ele jamais foi o mesmo depois desse episódio). Sobre o vídeo, Squier alegou na época, ser uma "ideia" do diretor do mesmo. Bom, mas sobre o álbum, podemos classificá-lo como um dos melhores de Billy, contendo bons momentos com as canções "1984", "Fall for love" e "Sweet release". Vale lembrar que no mesmo ano, acontecia a estreia de grupos importantes como BON JOVI, WHITE SISTER e BLACK'N BLUE, ou seja, a concorrência era grande, mas  mesmo assim Squier consegue uma boa vendagem e uma turnê ao lado de outro gigante, o DEF LEPPARD.
Depois desse disco, Squier continuou lançando discos de forma regular até o fim dos anos 90, quando resolve dar uma parada na carreira. Recentemente ele voltou a ativa relançando material antigo e saindo em turnê com o STYX e o BAD COMPANY. Fica aqui a nossa homenagem, a mais este icône dos anos 80 e que não pode faltar na lista de nenhum fã do hard&heavy.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

domingo, 12 de março de 2017

Pat Benatar - In the Heat of the Night

Lendária cantora de rock norte-americana. Em 1971, ela trabalhava como caixa de banco, até decidir abandonar o emprego para seguir a carreira de cantora, depois de ter sido inspirada pela multi-artista Liza Minnelli. Com sete discos de platina, três álbuns de ouro e 19 músicas no Top 40, o seu som é uma mistura de pop com hard-rock, aliado a seu enorme carisma pessoal e boa presença de palco. Apesar de não ser muito conhecida no Brasil, ela foi líder juvenil nos Estados Unidos, até uma "tal" de Madonna tomar o seu posto em 1983 (musicalmente, Madonna sempre foi inferior a ela, diga-se de passagem). Seu primeiro disco foi lançado em 1979 - "In the heat of the night", mas foi com o segundo, "Crimes of passion", de 1980, que ela obteve êxito, fazendo um som alegre de arena e bem executado por sua banda de apoio, que consistia em Neil Geraldo e Scott Sheets nas guitarras, Roger Caps no baixo e Myrom Grombacher na bateria. No disco, se destacam as canções "Hit me with your best shot" e "Hell is for children". Seus outros discos de destaque são: LIVE FROM EARTH de 1983 (com a clássica "Love is a battlefield", trilha sonora do filme "De repente 30"), e SEVEN THE HARD WAY de 1985, que traz o clássico "Invencible", trilha do filme "A lenda de Billy Jean", lançado no mesmo ano. Pat Benatar, finalmente obteve seu talento reconhecido em 2004, quando foi merecidamente indicada ao Hall da fama do Rock'n Roll. Vida longa a Pat!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Bill Wray - Lionheart


Nascido em 1958, na cidade de Shreveport (Louisiana), o roqueiro norte-americano Bill Wray é mais conhecido como compositor e criador de trilhas sonoras de filmes B e de baixo orçamento. Sua carreira inicia-se em  meados dos anos 1970, e desde então ele escreveu e produziu uma variedade de artistas, que variam do glam-metal ao folk. Ele também é irmão do músico/compositor Jim Wray. Compôs músicas para Loverboy, Zachary Richard, Emerson, Lake & Palmer, Ace Frehley e Eric Martin. Para Diana Ross, escreveu as canções "Fool for Your Love" e "So Close". Com seu irmão Jim, escreveu a maioria dos hits ("One in a Million", "Surrender") no álbum de estréia da banda Trixter. Como músico, abriu shows para Foreigner, Toto, Rick Springfield, Kinks, BTO, Peter Frampton e Joe Cocker. Seus discos de destaque são: Bill Wray (1976 MCA - álbum de estréia); Seize the Moment (1983 Liberty); Bill Wray and His Show Band Royale (1980 Arts #7317,) e Fire and Ice (1981 Liberty LT-1098), todos raríssimos de se encontrar. Wray também foi o produtor da empresa EFX, no MGM Grand Casino. Na época, foi o empreendimento mais caro e de maior escala dos Estados Unidos. 

Para o cinema, sua maior contribuição foi compondo a canção "No Mercy", para o clássico "Lionheart" (conhecido no Brasil como "Leão Branco, o lutador sem lei") - filme de ação de 1990, estrelado pelo então novato Van Damme. O enredo do filme é sobre um soldado da Legião Estrangeira na África,  que após receber a notícia da morte de seu irmão nos Estados Unidos, decide abandonar sua missão no continente africano e chegar em Los Angeles, para ajudar seus familiares. Após escapar de dois seguranças da legião que tem ordens para levá-lo de volta, o personagem Lyon (Van Damme) decide tornar-se um lutador de rua em perigosas e clandestinas lutas, pois está determinado a ganhar dinheiro para defender sua família e encontrar o assassino de seu irmão.  Além deste clássico, ele também fez as trilhas dos seguintes filmes: Tilt - The movie (1979); Escola privada para garotas (1983); Férias do barulho (1985); Navy Seals (1990) e Pompatus of love (1996). Bill Wray é sem-dúvida um grande músico, e apesar de ser pouco conhecido por aqui, também merece reconhecimento e ter seu lugar na história do Rock'Roll mundial.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A Gota Suspensa - 1983

Formada em 1978, como uma banda de rock progressivo, "A Gota" possuiu vários músicos e cantores em sua primeira formação. Entre eles Freddy Haiat, Kuki Stolarsky, Marcinha Montserrath, Mike Reuben. O som tocado era um progressivo/experimental bastante inspirado por bandas como Pink Floyd, King Crimson, Novos Baianos, e pelo movimento tropicalista, entre outros. Aos poucos, o som da Gota foi conquistando um público juvenil cada vez mais numeroso, que os seguiam em suas apresentações, assim como em festivais de música em São Paulo. Passaram a se apresentar em casas noturnas da época, como Clash e Carbono 14. Em 1983, gravam uma fita-demo para se candidatarem ao festival interno do Colégio Objetivo. Esse material serviu de interesse a um produtor musical, que conduziu a banda para uma gravadora independente, a "Underground Discos e Artes", que acabou por registrar o primeiro e único disco da banda. Esta gravação contou com a participação de Tavinho Fialho no contrabaixo e Marcel Zimberg no sax\flauta. Daqui se destacam algumas boas canções, como "Convite ao amor" e "Apocalipse", entre outras. O álbum não foi um sucesso comercial, mas foi bem aceito pela crítica, adquirindo status cult, chamando a atenção de várias gravadoras, entre elas a CBS Records (atual Sony). O conjunto consegue um contrato para três discos. O som da banda passava por uma mudança com as novas influências de Blondie, The B-52's, Devo, e Kraftwerk. Surgia então um estilo musical mais "acessível", uma sonoridade mais pop e menos experimental. Em 1984, nesta nova fase, "A Gota Suspensa" troca seu nome para "Metrô" (nessa época a formação se estabilizou com os seguintes membros: a modelo Virginie Boutaud (vocais), Alec Haiat (guitarra), Yann Laouenan (teclados), Xavier Leblanc (baixo) e Dany Roland (bateria)). A partir daí, o grupo grava seu primeiro disco em 1985, "Olhar", sendo sucesso de público e venda, alcançando disco de ouro e emplacando vários hits como, "Beat Acelerado", "Sândalo de Dândi", "Tudo pode mudar", "Johnny Love" e "Ti ti ti". 

Encerrava-se um ciclo criativo com o fim da "A gota", mas surgia um novo movimento musical, a new-wave brasileira, encabeçada por outros grupos como RPM, Zero, Titãs, Nau etc...porém, como o assunto é longo, deixaremos ele para uma outra postagem.