terça-feira, 4 de setembro de 2018

Wendy O. Williams - WOW

Uma das artistas mais enigmáticas do rock, Wendy foi de atriz pornô, passando por ícone do punk, até se tornar protegida dos integrantes/empresários da banda KISS. Começou como vocalista da banda punk PLASMATICS, famosa pelo estilo "Shock Rock", bem difundido por artistas como ALICE COOPER e Screaming Lord Sutch. Williams nasceu em Webster, no estado de New York, e provavelmente abandonou a escola para viajar ao redor do mundo, antes de se juntar aos PLASMATICS. Sua permanência no grupo durou dez anos, e muitas polêmicas, sempre envolvendo nudez ou agressões físicas por parte de Wendy. Em 1984, depois de participar de um concerto do KISS, Wendy acaba ficando íntima de Gene Simmons, influente na gravadora Passport/JEM. 


Com isso, acaba convidada para lançar seu primeiro disco solo, o álbum "W.O.W.", produzido pelo baixista do Kiss. Os membros do Kiss, Paul Stanley, Ace Frehley, Eric Carr e Vinnie Vincent, também chegaram a participar das gravações do álbum. O disco tem uma sonoridade bem interessante, mas bem mais comercial do que o PLASMATICS, algo próximo do "Hair  Metal" do período, nele se destacam as canções "I Love Sex (And Rock and Roll)" e "It's My Life". O lançamento é bem recebido pela crítica, e Malcolm Dome, crítico da revista Kerrang!, escolhe o "WOW" como o seu álbum do ano. Os músicos de estúdio foram Michael Ray - guitarra, T.C. Tolliver - bateria e os outros integrantes do KISS completam o disco. Wendy mais tarde foi nomeada ao Grammy de "Best Female Rock Vocalist of the Year", ou melhor, "Melhor Vocalista Feminina de Rock do Ano". Depois desse lançamento, Wendy gravaria mais dois discos, mas sem nenhuma grande repercussão. Ela então, volta para sua antiga banda e participa de alguns filmes eróticos, até se aposentar da música em meados dos anos 90. Infelizmente, em 1998, ela se suicida com um tiro, aos 48 anos, em uma área arborizada próximo à sua casa em Manchester, Connecticut. Uma grande perda para o rock, Wendy foi um símbolo de uma geração anarquista, que nunca mais veremos nos palcos da vida. No dia 18 de maio, de 1999, um memorial foi montado no clube noturno CBGB. Diversos artistas que tocaram com Wendy, principalmente os integrantes do Plasmatics, estiveram na cerimônia.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Black Sabbath - Seventh Star

O famoso "disco de 3 vocalistas" do Sabbath. Depois da conturbada turnê anterior da banda, o gutarrista Tony Iommi resolve registrar um álbum solo em 1986, ideia essa removida pela sua gravadora Warner (para eles, era melhor manter a marca Black Sabbath). As primeiras demos do disco foram gravadas por um famoso ator e cantor da Broaddway, Jeff Fenholt (na época, Jeff alegou que Iommi considerava a ideia de mantê-lo na banda, coisa que jamais aconteceu - existe um bootleg com essas demos, chamado "Star of India", fácil de encontrar por ai e bem interessante). Iommi então, monta uma nova formação para o Sabbath, incluindo membros da banda de sua namorada da época, a roqueira glam e ex-Runnaway Lita Ford. O grupo escolhido por Iommi foi: Geoff Nicholls/teclado, Eric Singer/bateria, Dave Spitz/baixo e Glenn Hughes/vocal (uma das maiores vozes do rock/ com passagens por Deep Purple e Trapeze). 

Com todos esses músicos, a sonoridade beirou mais para o Hard Rock americano, do que para o metal tradicional. O disco tem canções muito boas como "In for the kill", "Heart Like a Wheel" , "Danger Zone" (essa poderia entrar na trilha de "Mad Max"), "Turn to Stone" e a balada "No Stranger to Love", com clipe bem na linha das Hair Bands americanas. Infelizmente, durante o começo da turnê, por causa de seu vicío em drogas e álcool, Hughes teve que ser substituído por outro vocalista (o lendário e já falecido  Ray Gillen, excelente cantor da banda BADLANDS). Um bootleg com Ray nos vocais também foi registrado e com boa qualidade de áudio. A turnê seguiu, ao lado de outros dois medalhões do rock pesado, W.A.S.P. e Anthrax. Sobre o resto do disco, vale ressaltar que mesmo registrando mudança de sonoridade, é o bom e velho Iommi que está aqui, sempre com sua inconfundível guitarra. Apesar dos problemas envolvidos em sua produção, Seventh Star obteve considerável sucesso comercial, chegando ao 27º lugar nas paradas musicais do Reino Unido, e 78º lugar na Billboard 200. Para os próximos álbuns, haveria mais mudanças na formação do grupo e na sonoridade, mas isso é papo para outras postagens aqui do blog.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Colin Hay Band - Wayfaring Sons

Nascido na Escócia, e mudando-se muito jovem para Austrália, Colin James Hay ficou mundialmente famoso por ser vocalista da banda Men At Work, que misturava reggae, rock, surf-music, pop e elementos da música do continente oceânico. O que pouca gente sabe, é que ele também desenvolveu uma interessante carreira solo, depois do final do conjunto, no fim dos anos 80. Depois de lançar um modesto primeiro disco solo em 1987, o sucesso maior veio com o segundo play, "Wayfaring Sons", de 1990, com dez faixas. O destaque do álbum fica para a canção "In to my life" (tema da novela global “Rainha da Sucata”), sucesso mundial, sendo trilha sonora de diversos comerciais e programas televisivos ao redor do mundo. Devido a esse sucesso, Colin Hay participou do Rock in Rio II, em 1991, no Rio de Janeiro, tocando na mesma noite que Prince e Joe Cocker. 

A banda de apoio contava, além de Colin no vocal e guitarra; Gerry Hale no violino, mandolin; Paul Gadsby no baixo; Robert Dillon na bateria e Robby Kilgore no teclado. Outros singles do disco foram "Help Me", "Storm In My Heart" e "If You Want It All". O que resta dizer, é que o álbum é um excelente exemplo para quem curte o bom e velho rock'n roll australiano, na mesma linha de grupos como Hoodoo Gurus, INXS e Noiseworks; e um dos maiores sucessos comerciais de Colin, que já gravou onze álbuns em carreira solo. O disco “Looking for Jack – 1987” e “Wayfaring Sons – 1990” foram os únicos a ser distribuídos pela gravadora Universal, os demais álbuns foram produções independentes. Hoje, Colin Hay continua com sua carreira, lançando discos e fazendo shows ao redor do mundo.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX